Esta foi minha 1ª experiência com suspensão humana, algo que vem me atraindo já a algum tempo. Nos meus primeiros contatos com as Artes Corporais, provavelmente eu devo ter tido a mesma impressão que a grande maioria das peddoas ainda tem hoje, e que eu também ja ouvi muita gente dizer, que a suspensão é só uma prática para se sentir dor desnecessária, ou que é coisa de masoquistas e por ai vai, bom, não que eu ja tenha achado que é uma prática de dor desnecessária, mas que eu tinha convicção de que nunca faria uma, isso eu tinha. Bom, depois de um certo tempo pesquisando sobre modificações e seus mais variados estilos acabei, inevitavelmente, me deparando com a suspensão. Não que ela deva ser tratada como uma modificação em sí, pois nada é deixado permanentemente no corpo, os ganchos só permanecem ali durante o período da sua execução, mas alguns adeptos da Body Art também são adeptos da suspensão, e passei a me interessar em saber o porque.
Bom, com um pouco de pesquisa pude descobrir que este tipo de prática esteve presente na maioria das culturas indígenas, principalmente nas Norte-Americanas, como rito de passagem e auto afirmação, existiam tribos em que o homem que conseguisse ficar suspenso por mais tempo seria considerado o mais forte dos guerreiros da tribo. Também após ler os relatos das pessoas suspensas minha curiosidade passou a ser despertada e aos poucos passei de um simples curioso a um grande admirador desta Arte e todo tipo de assunto relacionado passou a me interessar.
Como eu costumo dizer que quando estamos abertos, o Universo conspira a nosso favor, aos poucos fui conhecendo algumas pessoas que já possuem a suspensão como parte em suas vidas, como o Gordex e o Dú, que foi quem realizou a minha, junto com a da minha esposa. Qnto mais eu conversava com eles, mais minha vontade crescia, e eu ficava a imaginar como seria, sentir as agulhar transpassando sua pele e senti-la, aos poucos, ser esticada pelos ganchos nela presos. Eu só podia imaginar...
Em uma sexta feira qualquer (dia 10/12, para ser mais específico), o Dú chega no estúdio e me diz que no domingo próximo iria suspender um rapaz de Mauá, e perguntou se eu gostaria de aproveitar a oportunidade, pergunta desnecessária, claro.
No domingo est´pavamos no estudio no horario combinado e fomos a pé até um morro próximo do Shopping aricanduva, onde eu e o Nicolas ajudamos a prender as cordas e a roldanas na árvore. Testamos a corda, prendemos o frame... tudo pronto!!!
O primeiro a se propor ao nosso ritual dominical foi o Woody, um mano de mauá que conheci neste mesmo dia, tive o prazer e o privilégio de auxiliar nas suas perfurações e puxar a corda para tirá-lo do chão, o que por si só foi muito emocionante, ver a pele esticando e a pessoa ser retirada do chão puxada pela própria pele ja é incrível. Amarramos a corda e deixamos ele se balançar.
Bom, depois que ele desceu chegou minha vez, eu estava ansioso e um pouco tenso, afinal, nunca havia experimentado nada igual e queria que desse tudo certo. O momento que eu mais temia era a passagem das agulhas, o que eu achei bem tranquilo, depois os ganchos são presos e o Dú os puxa um pouco pra esticar a pele, o que arde um pouco, e ja dava pra imaginar o que seria quando estivesse no ar. Havia chegado a hora da verdade, eme levaram para baixo do frame. Quando fui preso a corda minha pressão caiu, eu estava muito ansioso e nervoso, e só queria que tudo desse certo, daí me abaixei e me deram agua, respirei fundo e pensei " preciso fazer isto, eu QUERO fazer isto", foi quando o Dú começou a puxar a corda e o Nicolas segurou minhas mão, eu só conseguia ouvir ele me dizendo pra respirar fundo e relaxar, e em menos de 5 segundos, meus pes estavam foiram do chão. Uma sensação sem igual, as costas ardendo, o Sol na minha cara e eu tentando chacoalhar as pernas com força.
Fiquei a mais opu menos uns 2 metros de altura, mas pra mim parecia mais, me chyacoalharam, empurraram e quando meu sengue esquentou eu não sentia mais nada, só o vento no meu rosto.
Não fiquei muito tempo suspenso, seguirei ainda o Dú e em seguida minha mulher, e isto sim ardeu, e logo depois eu desci. O retorno ao solo também é estranho, parece que os pés formigam, e você fica um pouco tonto. Pra retirar os ganchos não senti nada, só pra retirar o ar que dói um pouco, mas tudo bem, um preço pequeno perto da experiência incrível. Depois de feitos os curativos foi a vez de umka amiga nossa, a Nah, que se saiu bem, e apó ela, minha esposa, foi a que ficou mais tempo no ar, e se chacoalhou bastante, depois desceu pra beber agua e subiu novamente, representou heim!!!
Nosso domingo terminou na casa do Dú tomando umas merecidas brejas, depois do Sol forte na cara o dia todo, agora só nos resta aguardar outra oportunidade.
Quem quiser ver mais fotos dêem uma olhadinha no fotolog do Dú : http://www.fotolog.com.br/freakboy_du
Um abração a todos.